Nivaldo Lopes: A guerra do Pente

A década de 1950 encerrou em Curitiba com um episódio de intolerância racial. Em 1959, a simples compra de um pente provocou o maior conflito urbano já ocorrido na cidade. O descontentamento popular com a inflação e com a situação econômica do país degenerou em quebra-quebra das lojas de comerciantes árabes. Foi necessário que tanques de guerra e soldados com baionetas caladas saíssem às ruas para conter a multidão em fúria. 

Em 1986, o cineasta Nivaldo Lopes (Palito) realizou um curta metragem sobre o episódio, que pode ser visto no setor sobre A Guerra do Pente da exposição Anos 50: Identidades.

Dupla “caipira” francesa também gravou a música do consul

Nas décadas de 1940 e 1950, a música francesa viveu a sua fase de ouro das duplas “caipiras”. Uma das mais famosas foi o duo franco-italiano Patrice et Mario. Patrice (Patrizzio Paganessi) e Mario (Mario Moro) foram também responsáveis pelo sucesso estrondoso de Monsieur le consul à Curityba. 

Mais tarde, Patrice et Mario gravaram uma sequência da musica: La famme du Consul à Curityba. Na montagem aqui apresentada, eles fazem fundo a uma performace de Luz del Fuego, que à época fazia furor no Rio de Janeiro.

Jacqueline Valois canta Monsieur le consul à Curityba

A cantora Jacqueline Valois começou a cantar em 1945 e só abandonou o palco com 84 anos de idade. Foi um espécie de anti-star da canção francesa, fazendo sucesso com temas mal-humorados e por  vezes inusitados como Ovariotomie. Ela também não resistiu ao charme tropical de Monsieur le consul à Curityba. Na montagem aqui apresentada, Valois faz a trilha sonora de fundo ao curta metragem Métro sur Pneus, filmado para o metropolitano de Paris, nos anos 50, por Jean Bélanger. De fato, naquela década, a música do consul em Curitiba acompanhou o dia-a-dia dos parisienses.

                                Monsieur le consul à Curityba no metrô de Paris!

                                 Ovariotomie, o grande sucesso de J. Valois.

Famosa cantora belga também gravou música do consul em Curitiba

A famosa cantora belga Tohama (Nadia Altmann) nasceu em Neuilly-sur-Seine, em 1920, e morreu em Bruxelas, em 1995. Começou sua carreira atuando em Teatro de Revista, em Bruxelas, e gravou seu primeiro disco em 1937. Foi uma das maiores intérpretes em língua francesa nos anos 50. Gravou grandes sucessos como Ma petite folie, La petite Marie, Rose-Marie Polka, Un homme est un homme, Je te-le-le e Monsieur le consul à Curityba.

Saiba mais sobre a música do Consul

Alunos do curso História: Memória & Imagem elaboraram um pequeno documentário sobre a música Monsieur le consul à Curityba.

Não deixe de ver!

O vídeo está em exibição no setor dedicado à música Monsieur le consul à Curityba,
 da exposição Anos 50: Identidades.

Manhattiba : O desejo de ser metrópole

Em 1920, Paul Strand e Charles Sheeler filmaram o curta metragem Manhatta, uma apologia cinematográfica a Nova Iorque.

A partir da idéia básica de Strand & Sheeler e da trilha sonora de Manhatta, Magnus Pereira utilizou as imagens de um fotógrafo dos anos 50 e frases apologéticas a Curitiba para compor Manhattiba: O desejo de ser metrópole. Este é um dos curta metragens exibidos no núcleo expositivo A construção da Metrópole.

Curitiba Metrópole - Montagem dos painéis

Arquiteto Carlos Pospossil Moutinho auxilia a equipe da exposição na montagem dos painéis
alusivos à Curitiba metrópole.

Estudo de Composição de Molduras

Alunas do curso História: Memória e Imagem participam do processo de composição das molduras que seriam utilizadas na exposição Anos 50: Identidades, sob a supervisão da curadora Ana Lúcia Cruz.

As entrevistadoras aprendizes

Para aprender é preciso começar ...

Os Bonierki se encontram na exposição

A carteira de trabalho do sr. José Bonierski, já falecido, foi escolhida para a capa do catálogo e sua foto também está na abertura da exposição Anos 50: Identidades.






















Na inauguração da exposição estavam 3 gerações de seus descendentes.

Música do Consul em Curitiba faz sucesso na net

Em 1950, o ator e cantor francês Francis Linel ganhou o Primeiro Grand Prix da canção francesa, no Festival de Deauville, interpretando uma música que tinha pretensões a ser um samba, intitulada Monsieur le consul à Curityba. A música, de autoria de Marc Heyral, com letra de Fernand Vimont e Henry Le  Marchand, trazia as marcas de seu tempo: o clima geral edulcorado e rosado típico do pósguerra.

Monsieur le Consul à Curytiba	O Senhor Consul em Curitiba
Il est au Brésil une ville Un charmant petit coin tranquille Où la vie est douce et facile Et qu'on nomme Curitiba D'un consul j'y fis connaissance Ce n'était pas le Consul de France Mais pour un consul quelle chance D'habiter ce pays là	Há no Brasil uma cidade Um charmoso cantinho tranqüilo Onde a vida é doce e fácil E que se chama Curitiba Com um cônsul lá eu fiz amizade Ele não era cônsul da França Mas para um cônsul, que grande sorte Morar naquele lugar

Em 1969, Francis Linel voltou a interpretar a canção na televisão Francesa. Alunos do curso História: Memória e Imagem, da UFPR, fazem uma releitura provocativa da música, brincando com o seu nonsense e transportando-a para a Curitiba atual. 

Um rápido tour pela exposição

Assinando uma exposição

A gente faz e mostra a cara ....

 A identidade remete portanto a um alhures, a um antes e aos outros. [...] Toda identidade, ou melhor, toda declaração identitária, tanto individual quanto coletiva (mesmo se, para um coletivo, é mais difícil admiti-lo), é então múltipla, inacabada, instável, sempre experimentada mais como uma busca que como um fato.

Michel Agier – Antropólogo

EQUIPE

Curadora

Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz

Historiador

Magnus Roberto de Mello Pereira

Designer

Lai Bottmann Pereira

Alunos dos Cursos de História da UFPR

Francielly Giachini Barbosa

Nicolle Taner de Lima

Paulo Eduardo Burda

Tatiane Bissoli

Petra Laus Henning

Sara Vitória Silva Monteiro

Luiz de Jesus Egues

Mascote

Nuno Pereira Empinotti

                                                       Veja o Making Off da Assinatura

Um Brasil Diferente - Série 1

Em 1955, na obra Um Brasil Diferente, o historiador Wilson Martins afirmava:

Não é, pois, somente a alvura da pele o que impressiona o observador do homem paranaense: é todo o conjunto de traços físicos europeus, que se substituíram aos da definição clássica do “brasileiro”.

Curitiba era tão diferente assim?

Veja o vídeo!

Curitiba: 50 Faces dos 50 - Série 1

Evento no dia 13 de maio de 2013

A exposição Anos 50: Identidades também participou da 11ª Semana Nacional de Museus. Os curadores da exposição, em parceria com a  Fundação Cultural de Curitiba, organizaram um evento intitulado História,  Memória e Imagem, que reuniu um grande público acadêmico.

O evento iniciou com uma visita guiada por um curadores da exposição, o historiador Magnus Roberto de Mello Pereira.

A seguir, no Memorial da Cidade, ocorreu uma mesa redonda que reuniu os historiadores Clóvis Grüner, Rosane Kaminski, além de Magnus Pereira.